Uma em cada quatro mortes está relacionada com a doença tromboembólica

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A doença tromboembólica venosa (TEV) engloba a trombose venosa profunda e embolia pulmonar e é muitas vezes fatal, ainda que, em muitos casos possa ser prevenível com profilaxia adequada.

Nesta data (13 de outubro) procura-se sensibilizar a população para o tema trombose, as suas causas, os factores de risco, sinais e sintomas, a prevenção e o tratamento. Incentivar cada indivíduo para junto do seu médico assistente questionar sobre quais os seus riscos para trombose e qual a prevenção adequada, bem como o reconhecimento dos sinais para os quais é mandatório procurar um médico.

60% dos casos de TEV associam-se à hospitalização, e por isso, o TEV é a principal causa de morte hospitalar prevenível. O TEV condiciona também uma incapacidade crónica dos doentes que a ele sobrevivem e que implica o recurso a cuidados suplementares e especializados.

Protocolos institucionais para profilaxia e tratamento do TEV adaptados aos doentes são indispensáveis.

O doente oncológico representa um subgrupo de doentes particularmente vulnerável a esta complicação uma vez que, para além do anteriormente descrito, tem factores inerentes à própria doença.

“No doente oncológico, prevenir e cuidar do acidente tromboembólico, deve ser parte integrante do seu plano de tratamento”

O Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), com a colaboração de especialistas de várias áreas, elaborou as recomendações portuguesas para a profilaxia e tratamento do TEV no doente oncológico, de acordo com as normas internacionais.

Estas recomendações são um contributo para a boa prática clínica que podem e devem ser adaptadas à realidade do doente e da instituição. São sujeitas a revisão periódica acompanhando a evolução do conhecimento e a prática da medicina. A sua aplicação num Hospital monitoriza o número de incidentes ocorridos e o número de doentes afectados, bem como a eficácia das políticas de prevenção e tratamento instituídas.

No doente oncológico, prevenir e cuidar do acidente tromboembólico, deve ser parte integrante do seu plano de tratamento.

Dialina Brilhante
Imuno-hemoterapeuta – IPO de Lisboa

Fonte: Raio X